Devemos continuar acreditando

A cultura americana de ser patriota é de dar inveja, aprendi vendo os filmes de hollywood e ouvindo bandas de rock que é um hábito deles pendurarem bandeiras do país em suas casas, falar trechos do hino nacional e enaltecer a constituição.

Enquanto aqui no Brasil crescemos aprendendo a falar mal do país e a se referir às atitudes erradas com a expressão pejorativa “brasileiro”, como se ser brasileiro não fosse algo legal. Culturalmente por aqui alimentamos a ideia de que ser “malandro” é sinal de sabedoria.


Entretanto, no Rio Grande do Sul, onde boa parte da população sabe cantar o hino do estado e não tem vergonha de usar nossa bandeira, penso que essa cultura foi reforçada em nós muito por causa da dupla grenal, pois o hábito de acompanhar o futebol é muito comum devido à rivalidade. Desta forma encontramos na valorização da nossa cultura e tradição local alguma coisa para por no lugar do desacreditado patriotismo brasileiro.


Mas aí está (ao meu ver) nosso grande equívoco, pois o Rio Grande do Sul não pertence a mais ninguém se não ao Brasil e estar vivendo no extremo sul não significa um não pertencimento ao extremo norte, no que diz respeito a nação como um todo.


Nos últimos anos surgiu um movimento patriota que parecia estar disposto a resgatar o orgulho de ser Brasileiro e plantar a esperança em todos nós de termos um país melhor, mas por mais que ideia de um sentimento coletivo fosse boa, ela veio associada ao nome de um político, e isso por sí só nos divide.


Meu ponto aqui, é que devemos saber dissociar essas duas coisas, pois como está escrito em nossa constituição, todo o poder emana do povo, e todos somos iguais perante a lei, e também consta que todos somos livres, então não se trata de um discurso político novo e que se degrada junto com a esperança em partidos e líderes de governo.


Antes disso (como diz aquela frase de pára-choque de caminhão), “brasileiro não desiste nunca”Nesse sentido, devemos continuar acreditando e trabalhando, fazendo nossa parte para contribuir com o todo.

Eu sei, parece genérico e populista, mas não é verdade?


Augusto Marques

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