Você já tinha ouvido falar sobre o “sistema de recompensas” do nosso organismo? 🤔 Esse nome é usado pra descrever uma rede de neurônios ativada por meio de estímulos que causam sensações prazerosas. Ele funciona com a liberação de hormônios (como a dopamina) em várias regiões do cérebro, mas principalmente em uma parte específica chamada núcleo accumbens. A liberação da dopamina nesta região altera as sensações de motivação e desejo, influencia a experiência subjetiva do prazer e facilita o aprendizado da sensação de recompensa! Receptores de sabor avisam quando o consumo de sal for alto demais, mas não existe um mecanismo de segurança que proteja o organismo do consumo excessivo de açúcar. Por isso, é fácil comer um pacote inteiro de bolachas recheadas e ainda querer mais! 🤤 E é aí, quando você ingere doces em excesso, que acontece a sobrecarga do sistema de recompensas! Uma pessoa que consome açúcar em grandes quantidades ou com grande frequência satura seu cérebro de dopamina e tem a transmissão dessa substância prejudicada. Com o tempo, o cérebro aprende nossos hábitos e a expectativa em relação ao doce pode ser tão grande que a própria ideia de comê-lo já causa o aumento dos níveis de dopamina e da sensação de prazer 😱 Diversos estudos compararam os efeitos do açúcar no cérebro com os de drogas como a cocaína, por ambos funcionarem como gatilhos do sistema de recompensas. Por mais que existam evidências, ainda são necessários mais estudos para investigar se alimentos palatáveis podem, assim como as drogas, ativar o sistema de recompensas de forma que seja necessário aumentar a quantidade ingerida com o tempo. Por enquanto, é mais sensato falar em “abuso” de doces do que em “vício”. Apesar disso, a paixão por chocolates atingiu tamanha proporção, que a comunidade científica adotou os termos “chocoholic” (chocólatra) e “chocoholism” (“chocolismo”), para expressar o desamparo de alguns indivíduos ao evitar essa substância “viciante” 😍🍫
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Sabia que a dieta flexível tem um lado perigoso? A dieta flexível, ganhou popularidade na internet. As pessoas pesam cada alimento que ingerem e cadastram em um aplicativo para controlar o quanto estão comendo e comparam com sua a meta diária de quantidade de gorduras, proteínas e carboidratos. Dois estudos publicados em 2017 na revista Eating Behaviors encontraram associação entre o uso de aplicativos de controle de macronutrientes e a ocorrência de transtornos alimentares. Isso acontece pois registrar todos os alimentos que ingerimos pode desencadear sentimentos de ansiedade sobre a alimentação! Por isso para quem deseja se aventurar numa dieta flexível, é importante ficar alerta para os detalhes e buscar orientação de profissionais. Lembrando sempre que alimentação é muito mais que macronutrientes! Cuidado para não usar essa dieta como uma desculpa, uma bengala, e acabar com uma dieta pobre em micronutrientes. Gostou desse conteúdo? Comenta aqui 👇 e marca alguém para ficar sabendo disso 😊
Fontes: Simpson, C. C., & Mazzeo, S. E. (2017). Calorie counting and fitness tracking technology: Associations with eating disorder symptomatology. Eating Behaviors, 26, 89–92. doi:10.1016/j.eatbeh.2017.02.002 Levinson, C. A., Fewell, L., & Brosof, L. C. (2017). My Fitness Pal calorie tracker usage in the eating disorders. Eating Behaviors, 27, 14–16. doi:10.1016/j.eatbeh.2017.08.003
A sobremesa não deve ser encarada como o prêmio no fim de uma maratona e sim como a cereja de um bolo. Tendo consciência sobre o momento de comer o doce, você tem a tendência de controlar o seu “sistema de recompensas” e o próprio consumo dos doces. Já ouviu falar nos cachorros de Pavlov, que sempre ouviam um sino quando ganhavam comida e depois de um tempo salivavam só de ouvir aquele som? Com seu cérebro acontece a mesma coisa!
Muita gente diz que aeróbico em jejum é a fórmula mágica do emagrecimento! Mas será que funciona mesmo? 🤔 Dois estudos, um da Universidade Federal do RS e outro de quatro universidades dos Estados Unidos chegaram a conclusão que os resultados de pessoas fazendo treinamentos aeróbicos em jejum ou alimentados não tem diferenças significativas. Em contrapartida, uma metanálise publicada no início de 2018 no Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, realizada por pesquisadores da Universidade de Limerick, indica que, a longo prazo, a utilização de gordura como fonte de energia seria aumentada pelo exercício aeróbico em jejum. Ainda são necessários estudos para confirmar que essa seja uma boa estratégia para a perda de peso. Também não existe nenhuma informação concreta que diga que a realização de atividades em jejum é prejudicial para o corpo. Então o que importa é treinar da forma que seu organismo está melhor adaptado. O importante é treinar! 💪 Fontes: Effects of aerobic exercise performed in fasted v. fed state on fat and carbohydrate metabolism in adults: a systematic review and meta-analysis. British Journal of Nutrition, Volume 116, Issue 7. October 2016, pp. 1153-1164. Body composition changes associated with fasted versus non-fasted aerobic exercise. J Int Soc Sports Nutr. 2014 Nov 18;11(1):54. doi: 10.1186/s12970-014-0054-7. eCollection 2014. PAOLI, Antonio. Exercising Fasting or Fed to Enhance Fat Loss? Influence of Food Intake on Respiratory Ratio and Excess Postexercise Oxygen Consumption After a Bout of Endurance Training. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism, 21, 2011, p. 48-54. 2011. Aird, T. P., Davies, R. W., & Carson, B. P. (2018). Effects of fasted vs fed-state exercise on performance and post-exercise metabolism: A systematic review and meta-analysis. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, 28(5), 1476–1493. doi:10.1111/sms.13054
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