Todo relacionamento é construído tendo como base a comunicação. É impossível ser amigo de uma rocha, pois esta não tem personalidade - não se consegue comunicar com ela. Você não pode ter um relacionamento com o universo, porque o universo não é alguém, e sim uma coisa, e não é uma pessoa. Deus, em contrapartida, está vivo, e ele é pessoal; ele é uma comunidade de pessoas, portanto, você pode ter um relacionamento genuíno com ele. Como qualquer outro relacionamento, esse também é baseado na comunicação e nas práticas relacionadas a isso - a de falar e a de escutar.
Deus quer falar com você, e ele realmente fala com você. Primeiro, Deus fala com você e com todos os outros por meio daquilo que ele criou. A Bíblia nos diz que "Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos" (Salmos 19:1). Tudo o que Deus criou declara que ele existe, que ele é o Criador e que é glorioso. Deus também fala por meio de nossa consciência criada, que nos faz lembrar que há parâmetros objetivos de certo e errado, de bem e mal. O segundo capítulo de Romanos fala sobre os ímpios que "mostram que as exigências da Lei estão gravadas em seu coração. Disso dão testemunho também a sua consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os" (Romanos 2:15-16).
Apesar de Deus falar, de modo geral, com toda a humanidade por meio de sua criação e por meio de nossa consciência, ele também fala de modo único e pessoal, e o faz por meio da Bíblia. Nas Escrituras, Deus fala conosco sobre seus propósitos e suas intenções, e nos revela fatos que não podemos apreender apenas ao olhar para o mundo ou ao dar ouvidos à nossa consciência. Se por um lado a criação e a consciência são fontes de um conhecimento geral sobre a existência e as leis de Deus, por outro lado encontramos na Bíblia uma comunicação clara e específica sobre sua natureza e seus planos.
Um cristão saudável tem prazer de escutar Deus por meio da Bíblia e constantemente está em contato com sua Palavra - lendo-a sozinho, com amigos, com a família, relacionando-a com bons livros, ouvindo-a sendo lida em voz alta nos cultos, refletindo sobre ela sempre que se lembrar dela - absorvendo-a das diversas maneiras em que for capaz.
Fonte: Teologia Visual. – Tim Challies e Josh Byers
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